Hoje é o dia da mulher, o facto de haver, ainda, necessidade de um dia comemorativo, por si só mostra que muito há a fazer no âmbito da igualdade do género, tanto a nível profissional, como noutros níveis.
Não me identifico muito com as comemorações dia A, B, ou C pois procuro viver intensamente cada dia, procurando dar um pouco de mim, em cada situação. Comemorações com hora marcada não são certamente as que carregam mais emoção, mais sentimentos, mais espontaneidade ou as mais genuínas.
Hoje dia da mulher, não posso ignorar este assunto, pois incomoda-me, faz-me estremecer a quantidade de notícias de mulheres que morrem em cenas de (des)amor.
As mulheres,
atualmente, são as mais graduadas academicamente, mas continuam a não ser as
mais fortes no que toca à força física. Por isso, a este nível estarão sempre
em desigualdade, serão o elo mais fraco.
E o que esta fraqueza tem permitido…
Há dias, a Maria Z… aquela menina sorridente e extrovertida da minha escola secundária, que um dia, tal como eu, ousou vir para longe da família à procura de
um sonho, construiu o seu percurso profissional e distribuiu sorrisos solidários.
Provavelmente nem tudo foi glamour no seu percurso, pois quando se começa de novo numa cidade
desconhecida, nem tudo é fácil, mas ninguém merece um fim assim. Não consigo,
sequer imaginar a dor que ficou no coração daquela mãe, da irmã e do resto da
família.
E no dia da mulher é o que me ocorre, desejar muito, muito, como fazem as crianças, que alguém consiga
fazer mais pela condição e dignidade das mulheres.
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